sexta-feira, junho 5

Reunião Escola de Dança Nação Tremembé, 1ª Parte

Reunião Escola de Dança Nação Tremembé, dia 05 de junho de 2009, Teatro do Boi 9h.

Iniciamos a reunião com a fala do diretor do Teatro Chiquinho Pereira que enfatizou o Complexo Teatro do Boi como um espaço abrangente que engloba uma casa de espetáculo, oficinas variadas, musica, teatro, capoeira, reciclagem, corte costura, a biblioteca Fontes Ibiapiana e Escola de Dança Nação Tremembé por tanto, trata-se de um complexo diverso com múltiplas linguagens e, que muitas vezes perdemos a dimensão de suas possibilidades. A busca por um mercado de trabalho, onde possamos dar visibilidade a nossa arte plástica, cênica, musical e técnica. Precisamos dar melhor desenvoltura as nossas ações, buscarmos uma visão sistemática.

Etnografias, pesquisas, urgirmos deixar de ser meros reprodutores de cultura e buscarmos nossa identidade a partir de muita pesquisa. Talvez o primeiro passo seja assumir nossas origens indígenas, reconhecer que como piauienses temos essa origem, reconhecendo esse fato como algo que influenciou nossa formação e por tanto nossa identidade. “Os índios se consideram natureza enquanto nós nos afastamos cada vez mais da natureza e nos colocamos como algo a parte, um intocável”.

Precisamos fazer visitas sistemáticas no Poti Velho, reconhecermos que aquela comunidade teve sua historia corrompida, existindo paralelamente a Teresina, uma região de traços forte, de língua especifica, de costumes e hábitos peculiares, a relação forte com o Rio Poti. A antropologia busca através de relatos, discrições das relações familiares e de suas praticas, respostas. Essa será nossa procura, nossa meta é fazer um estudo antropológico da região que estamos produzindo e para quem estamos produzindo.

Chiquinho termina deixando claro que a necessidade de pesquisa e de renascimento é urgente e necessária, precisamos criar algo novo que não existe e não é fácil de realizar, reflexão mais ação, visita e observação, falta de conhecimento, mudar a prática, estudar. Assim como o teatro é emoção, precisamos de um conceito mais universal e menos preconceituoso sobre dança, entende - lá no seu sentido mais amplo, compreendendo que por ser uma linguagem é viva e se modifica constantemente, está em eterno processo de construção e de busca, por tanto deve ser respeitada em sua diversidade. Necessidade de mudança, buscar referencias na comunidade que nos cerca e refletir esse conhecimento nos nossos trabalhos, realizando dessa forma uma dança que seja reconhecida e valorizada pelos alunos que a praticam, pelos professores, pais, comunidade e pela escola.

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