Iniciamos uma capacitação que vai de hoje (06) até dia 17 de junho, sempre segundas quartas e sextas. Bem intenso e muito proveitoso. Iniciamos com dança contemporânea ministrada por Luis Carlos Vale que nos trouxe uma aula de consciência e um trabalho com base na descoberta da musculatura interna, e movimentos econômicos, com uma metodologia que questiona e traz um entendimento na busca das respostas, é um trabalho que nos induz a uma consciência que é necessária para qualquer bailarino e criador atual. Em seguida tivemos uma palestra com Chiquinho Pereira que falou da pesquisa etnográfica explicando que se trata de uma técnica de pesquisa, de forma pessoal onde o pesquisador atua em campo se familiarizando com o objeto pesquisado e dessa forma se aproxima do sujeito, sendo esse o próprio método da etnografia; o tratamento que se dar a pesquisa resulta do bom resultado de um trabalho de campo. Para pesquisar é necessário um projeto, com um apanhando básico do que se pretende pesquisar. Abrir sua visão, saber seus limites e dogmas mapeando seus conceitos antes da pesquisa, precisa ter uma visão universal. Foram muito esclarecedoras as colocações dele, pois soa com a propriedade de quem vem há muito tempo buscando e pesquisando.
Pausa para almoço 12:15h.
Retornamos às 14h com aula de balé clássico com Maurea Oliveira, aula bem básica com intuído de dar-nos noções primárias para o ensino da técnica clássica, deu para ter também noção da dificuldade no acompanhamento da aula por parte dos professores mostrando nossa deficiência nesse sentido, isso nos leva a crê que necessitamos buscar formas de melhorarmos para supri esse necessidade na docência da escola. Por fim tivemos praticas de composição coreográfica com base na pesquisa etnográfica, nos dividimos em duplas e fomos fazer um reconhecimento da área e entrevistar algumas pessoas que por ali moram, saíram as duplas e voltaram creio de historias e informações bem diversas, vidas creias de riqueza e personagens únicos foram enxergados e expostos, esse material será usado nas próximas aulas e servirão na criação de futuras coreografias. Precisamos de fato apostar no que nos cerca e desenvolver nosso trabalho com base no particular.
O certo é que capacitações como essa com toda intensidade e com base na pesquisa nos fortalece, precisamos nos reavaliar e investir no diferente. Buscar intencionalidade, criatividade, pesquisa, pensamento. Precisamos morrer para nascer de outro jeito, com outras crenças, outros dogmas e menos preconceitos, precisamos nascer com visão universal, precisamos criar uma arte que saia de nós, que represente a realidade do publico que atingimos, precisamos nos reconhecer no que produzimos.
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